30º Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira premia Japonique+Comas

30/11/2016

A dupla Agustina Comas e Jana Tahira, parceiras na Japonique+Comas, foi premiada com o segundo lugar no 30º Prêmio Design do Museu da Casa Brasileira na categoria têxteis, com o quimono confeccionado com o tecido Oricla. A co-branding especializada em quimonos hafu feitos com técnicas de upcycling é participante do Texbrasil, Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira, resultado de uma parceria entre a Abit e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A cerimônia em homenagem aos participantes, que marcou a abertura da mostra com as peças finalistas e premiadas da edição, aconteceu no dia 24 de novembro.

“Foi uma emoção total, esse prêmio é um dos mais importantes de design do país e designers muito importantes já o receberam”, celebra Agustina Comas, criadora do premiado Oricla, confeccionado a partir dos resíduos têxteis de ourelas, acabamentos que arrematam as laterais dos tecidos. Foi a partir de visitas a fábricas de camisas que a estilista observou as sobras no processo de corte e resolveu experimentar novas construções têxteis em seu ateliê. O tecido também foi utilizado por Fernanda Yamamoto, em uma parceria com a Comas, e desfilado na última edição da São Paulo Fashion Week.

Para Jana Tahira, o prêmio do MCB é uma forma de aumentar a divulgação de projetos interessantes, fomentando a busca de todos por inovação e criatividade. “Ficamos muito felizes por receber um prêmio de uma instituição que admiramos tanto com tantos participantes inspiradores. Há anos acompanho o trabalho de upcycling da Agustina Comas e sempre acreditei em sua capacidade criativa e sua intenção de amplificar as práticas sustentáveis no mundo através do design de qualidade”, releva a designer à frente da Japonique.

A Japonique+Comas também colhe os frutos de um processo de internacionalização recente, que teve como primeiro passo a participação da marca na Tranoï, plataforma de lançamento de novos estilistas para o mercado internacional, que aconteceu em setembro na capital francesa. “Já estamos começando a juntar material para a produção para exportação de uma venda que realizamos com o Oricla lá em Paris”, afirma Agustina. Para ela, o prêmio é um aval da classe de designers, pois mostra a importância que o design tem como transformador de sistemas. “É impossível querer mudar a indústria de um dia para o outro, mas os pequenos grupos produtivos podem se beneficiar dos resíduos que essa indústria gera e a partir disso criar outros sistemas onde esses resíduos são matéria-prima e recursos”, finaliza.

Ver todas as notícias

abit, Apex-Brasil, Comas, inovação, Japonique, Japonique+Comas, sustentabilidade, texbrasil