Jornada do Conhecimento Abit discute acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia

18/12/2019

Entre os dias 10 e 11 de dezembro, a sede da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) foi palco da Jornada do Conhecimento, evento que reuniu profissionais de todas as etapas da cadeia de produção têxtil para discutir o futuro do mercado, tanto no âmbito nacional como no internacional.

O evento se iniciou com uma palestra sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e União Europeia e seus benefícios para as indústrias têxteis e de confecção brasileiras. 

O acordo, assinado em junho deste ano, irá possibilitar maior volume de exportação entre os países participantes dos dois blocos, forçando a redução nas tarifas de importação. O texto final ainda passa por revisões legais, dando às empresas brasileiras alguns anos para se adaptarem ao mercado europeu. 

“A queda nas taxas vai alavancar os negócios entre os países pertencentes aos dois blocos. Cabe a nós aproveitar o tempo de finalização do acordo, que ainda deve durar alguns anos, para nos adaptarmos ao mercado europeu a fim de atender todas as novas demandas que o acordo irá possibilitar”, comentou Rafael Cervone, presidente emérito da Abit e diretor executivo do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira), resultado de uma parceria entre a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

Quem deu o panorama do mercado europeu foi Laurent Aucouturier, líder em desenvolvimento estratégico e expansão de empresas da indústria e sócio da Gherzi Textile Organisation AG. O grupo tem 90 anos de mercado, opera em mais de 80 países e é responsável pela execução de mais de 7 mil projetos nas áreas de infraestrutura e indústria. 

Laurent apresentou, em números, o volume atual de importações e exportações de diversos tecidos e matérias primas de empresas brasileiras para o mercado europeu. De acordo com estudos da Gherzi, há muitas oportunidades de crescimento nesse segmento, uma vez que, hoje, poucas empresas brasileiras exportam para a Europa.   

Em sua apresentação, Laurent também falou sobre o modo como as empresas europeias enxergam os fornecedores brasileiros, um aprendizado importante para que o mercado nacional possa se adaptar ao gosto estrangeiro até que todo o processo do acordo seja concluído.

Acordo de livre comercio, Jornada do conhecimento