Missão empresarial ao Paraguai abrange setores da economia

25/08/2015

O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, lidera Missão de Integração Produtiva Regional ao Paraguai nos dias 9, 10 e 11 de setembro em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Sete setores produtivos são foco da ação, pois apresentam alto potencial de integração – com empresas brasileiras operando em território paraguaio –, são prioritários para o país e oferecem oportunidades de acesso a terceiros mercados. São eles autopartes, têxteis e confecções, couro e calçados, alimentos processados, produtos químicos e indústrias naval e metal-mecânica.

Para participar da Missão, empresários dos setores indicados podem enviar mensagem para missaoparaguai2015@apexbrasil.com.br ou rfernandez@cni.org.br. A agenda em Assunção envolve reunião com o Ministro Armando Monteiro, Seminário na sede do Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai, com a presença dos Ministros dos dois países, apresentações técnicas sobre ambientes de negócios e histórias de sucesso, reuniões individuais sobre incentivos oferecidos pelo país e visitas técnicas a empresas brasileiras instaladas no Paraguai.

Investimentos realizados pelo Governo do Paraguai nos últimos anos, principalmente em agricultura e infraestrutura, garantirão uma expansão do PIB superior a 4% entre 2015 e 2019, segundo dados da Economist Intelligence Unit. O presidente Horacio Cartes tem afirmado que atrair investimentos estrangeiros é a sua prioridade, inclusive para efetivar o Plano de Modernização do país (2014-2018), cujo aporte é de U$ 16 bilhões e tem como base a parceria público-privada. Estados Unidos, Holanda, Reino Unido, Espanha, Argentina e Brasil são tradicionais investidores do Paraguai.

Desde 2007 o estoque de investimentos brasileiros no país cresceu mais de 400%. O número de empresas brasileiras instaladas saltou para 104, com destaque para os setores do agronegócio, indústria de transformação, comércio, reparação de veículos e atividades financeiras. O Paraguai é hoje o terceiro destino das franquias brasileiras.

No ranking da Fundação Dom Cabral, é o nono destino das multinacionais brasileiras. Contribui para isso o fato de o Paraguai ter acesso ao SGP Plus (tratamento tarifário especial para União Europeia, EUA, União Aduaneira da Eurásia, Suíça, Noruega, Turquia, Japão, Canadá, Austrália e Nova Zelândia), além de isenção de taxas e impostos para empresas estrangeiras, entre outros fatores.

Para o presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, “a missão ao Paraguai traz um importante elemento para a ação de internacionalização produtiva, pois constitui-se em uma importante estratégia de expansão, apresentando vantagens como o aumento da competitividade das empresas e facilita o acesso a terceiros mercados”.

Para a CNI, a Missão representa uma oportunidade de geração de negócios para a indústria e avanço nas negociações de acordos de comércio e investimentos. “Precisamos ampliar os acordos do Brasil com o Paraguai para facilitar os investimentos brasileiros naquele país e eliminar a bitributação que onera as nossas empresas”, afirma o diretor de desenvolvimento industrial, Carlos Eduardo Abijaodi. “Além disso, o Paraguai está na presidência pro tempore do MERCOSUL e pode ajudar o Brasil a impulsionar a agenda de acordos de livre comércio do bloco”, conclui.

Em 2014 o Paraguai importou US$ 12,2 bilhões, sendo 77,9% do Brasil, China, Argentina, EUA e Alemanha. O Brasil contribuiu com 27,8%. Pelo lado das exportações o país comercializou US$ 9,7 bilhões, com destaque para Rússia, Argentina, Chile e Holanda. Entre os produtos que o país mais comercializa estão soja, petróleo e carne de boi in natura. A pauta importadora é menos concentrada. Máquinas e aparelhos de uso agrícola, aparelhos transmissores e receptores, adubos e fertilizantes, automóveis, computadores, defensivos agrícolas, cosméticos estão entre os itens mais importados. Merece destaque o fato de 20% de toda a atividade econômica do país estar centrada na agricultura.

Nesse quadro, o Brasil encontra-se em lugar de destaque, com uma corrente de comércio de US$ 4,4 bilhões em 2014, o que representa um incremento de 5,8% em relação a 2013. Esse percentual é bem maior (276%) quando o período de comparação sobe para 10 anos, ou seja, comparado a 2004.

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