Calça jeans é trocada pelo conforto e elasticidade das calças de ioga
A calça de ioga tornou-se um item essencial na prática de ginástica e outras atividades esportivas. Com fibras elásticas e sintéticas (nylon e lycra), essa mistura permite o estiramento e proporciona suavidade, propriedades confortáveis para a prática da ioga.
Após duas décadas, as calças de ioga conquistaram os guarda-roupas femininos. Hoje, adolescentes preferem leggings no lugar de calça jeans; e mulheres mais maduras estão usando roupas de ginástica nas ruas e até em ambiente de trabalho. Em 2017, pela primeira vez, as importações americanas de calças de malha elásticas femininas superaram as de calças jeans, de acordo com o US Census Bureau (equivalente ao IBGE americano).
Percebendo a ameaça, a Levi Strauss & Co., importante fabricante de jeans, optou por oferecer elasticidade e contorno a seus produtos, na esperança de conservar parte de sua robustez característica. A popularidade das calças de ioga aumentou a concorrência, já que as empresas procuraram suprir todos os segmentos de mercado, desde calças de US$ 20, da Old Navy, até versões de US$ 230, da Lucas Hugh. A canadense Lululemon Athletica, grande varejista de roupas de ginástica, visando massificar as calças elásticas, investiu muito dinheiro no desenvolvimento de novos tecidos, para se defender dos rivais.
Se até bem pouco atrás, calças de ioga não passavam de simples leggings com elasticidade, atualmente, são um fenômeno de consumo. Apenas nos EUA, a comercialização de roupas esportivas movimenta anualmente cerca de US$ 48 bilhões, devendo esse tipo de produto expandir sua participação de mercado.
Fonte: Bloomberg