Acordo facilitará exportações brasileiras para o Peru

11/11/2013

As exportações brasileiras para o Peru devem crescer nos próximos anos. Isso porque, a partir de 1º de janeiro de 2014, mais 5 mil produtos serão incluídos na lista de preferência tarifária para a exportação. Atualmente, o seleção atinge apenas 687 itens, informa estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que lidera a comitiva de 70 empresários brasileiros que acompanha a visita da presidente Dilma Rousseff ao país.

A redução das tarifas é resultado do Acordo de Complementação Econômica 58 (ACE 58), que foi negociado pelos dois países em 2003 e passou a valer no início deste ano. O ACE 58 segue um cronograma que reduz gradualmente os impostos de importação entre os países. Até 2014, estabelece que 85% dos produtos devem ter livre trânsito entre os dois países.

Entretanto, logo no primeiro ano de vigência, o Brasil zerou as tarifas de 98% dos 6.524 produtos negociados, enquanto que o Peru zerou fez o mesmo com apenas 10%. Além do avanço previsto para o próximo ano, a perspectiva é de que sejam incluídos todos os produtos até 2019.

Os itens que terão os impostos serão cortados a partir de 2014 representam, em média, 56% do valor das exportações brasileiras para o Peru e são em sua maioria industrializados. Segundo o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, a desgravação representa uma grande oportunidade para as empresas brasileiras. “Além de proteger o mercado da concorrência com outros países, os exportadores terão a chance de ampliar as vendas para o Peru, já que os produtos brasileiros vão ficar mais competitivos”, explica Abijaodi.

Mesmo antes da redução das tarifas, os produtos brasileiros conquistam mercado no país andino. No ano passado, o Brasil exportou US$ 2,4 bilhões, 9,1% a mais que em 2011. As vendas de automóveis, que somaram US$ 570 milhões no ano passado, ou 23,8% dos embarques, lideram a pauta de exportações. Em segundo lugar, vem o setor de máquinas e equipamentos, com vendas de US$ 452 milhões, e, em terceiro, estão os químicos, com US$ 288 milhões em 2012.

abit, Apex-Brasil, Peru, texbrasil