Chuva do caju: mulheres moldando uma nova visão criativa do Brasil

Inspirado pelo fenômeno natural que anuncia novos ciclos no Brasil, o projeto Chuva do Caju coloca a força feminina no centro da criação e leva ao Japão uma representação plural do país através da moda. Tal como as primeiras chuvas que antecedem a floração do cajueiro, o projeto anuncia um momento fértil e transformador para a moda brasileira, em diálogo com a temporada das cerejeiras (sakura) no Japão.

Nos dias 24 e 25 de agosto de 2025, seis criadoras de moda e arte — vindas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul — apresentam ao público a potência criativa de um Brasil múltiplo e contemporâneo, que une tradição, inovação, artesania e tecnologia. A ação é realizada pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), por meio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira), em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Está inserida na Semana da Mulher na Expo 2025 Osaka – Kansai, que é promovida pelo pavilhão brasileiro coordenado pela ApexBrasil, entre os dias 24 e 30 de agosto.

Objetivos e impacto – Mais do que uma vitrine internacional, é uma ação estratégica para o desenvolvimento do sistema de moda brasileiro. A iniciativa:

– Promove a visibilidade de marcas autorais lideradas por mulheres.

– Cria oportunidades de intercâmbio com compradores, jornalistas e artistas japoneses.

– Fortalece conexões institucionais entre Brasil e Japão, apoiadas pela Abit, ApexBrasil e parceiros.

– Oferece aprendizado estruturado sobre o sistema de moda japonês.

– Posiciona a moda brasileira como inovadora, culturalmente rica e globalmente relevante.

Representatividade nacional e liderança feminina – O Projeto reúne mulheres de diferentes regiões do País, reforçando a diversidade cultural e estética brasileira. São criadoras que transformam a moda em linguagem artística e social, ao mesmo tempo em que constroem negócios sólidos e de alto valor agregado. A iniciativa reconhece e amplia o papel da liderança feminina como força estratégica para o futuro da moda brasileira, oferecendo visibilidade, relacionamento internacional e oportunidades de expansão.

Além da visibilidade: conhecimento e troca – As estilistas brasileiras terão encontros com compradores, artistas e representantes da moda japonesa, ampliando não apenas suas redes de contato, mas também sua compreensão do funcionamento desse mercado-chave.

Experiência estética – No centro da experiência visual, a artista digital Je Kos, do Distrito Federal, apresenta um grande mapping inspirado no icônico Shining Hat, simbolizando a potência das artistas digitais emergentes no Brasil. A ação conecta moda, música, cinema e arte, reforçando a ideia de um Brasil em florescimento criativo, que se apresenta ao Japão não por meio de clichês, mas pela originalidade de sua produção contemporânea.

Programação

24 de agosto | 17h00 | Expo Hall “Shining Hat” – Expo Osaka

Uma apresentação que une música, arte digital e moda para revelar a potência da criação feminina brasileira:

– Performance musical representando a presença feminina na música brasileira.

– Projeção digital criada pela artista Je Kos, inspirada no fenômeno Chuva do Caju e desenvolvida especialmente para o ícone arquitetônico Shining Hat.

– Apresentação das cinco marcas brasileiras selecionadas, revelando uma visão plural da moda nacional liderada por mulheres.

25 de agosto | 14h00 | Encontro de Criativos e Mesa de Debate

Conversa entre as marcas participantes, a gerente da ApexBrasil, Maria Paula Velloso, e Lilian Kadissi, da Abit, sobre o mercado brasileiro e as oportunidades de difusão no Japão.

– Convidados: compradores, jornalistas, influenciadores e artistas internacionais, com potencial de estabelecer conexões e negócios com as marcas.

– Espaço de trocas criativas com representantes de diferentes áreas da cultura e da economia criativa.

Marcas participantes

ALUF | Ana Luisa Fernandes – Pará

A ALUF traduz a moda como ferramenta de expressão e reflexão. Suas peças exploram texturas, volumes e matérias-primas singulares, unindo estética experimental e sustentabilidade. Inspirada pela arteterapia e por Nise da Silveira, a marca já foi capa da Vogue, L’Officiel e Marie Claire, e está presente em mais de 40 pontos de venda, incluindo Argentina, Panamá e Singapura.

Penha Maia – Paraíba

Nascida no sertão paraibano, Penha Maia construiu trajetória sólida como artesã da alta-costura e criadora de narrativas visuais através da roupa. Após fundar a marca Pó de Arroz, lançou sua marca homônima, hoje reconhecida como referência incontornável na moda conceitual nacional. Vestiu artistas como Ney Matogrosso, Pabllo Vittar, Ivete Sangalo e Anitta, além de ocupar capas da Vogue e Harper’s Bazaar.

Argalji | Monique Argalji – Rio de Janeiro

Fundada em 2019, a Argalji nasce da paixão de Monique Argalji pela modelagem, cultivada desde a infância em contato com a alfaiataria de seu avô. Com passagens pela Parsons (Nova York) e Central Saint Martins (Londres), construiu uma identidade baseada na valorização do processo de construção da roupa. A marca traduz técnica em arte e hoje desponta como representante do design contemporâneo brasileiro.

Artemisi | Mayari Jubini – Espírito Santo

Fundada em 2019, a Artemisi combina sofisticação artesanal e inovação tecnológica. Com peças que exploram impressão 3D, resina, metal, pintura manual e cristais bordados, a marca já foi premiada no São Paulo Fashion Week e reconhecida pela Forbes Under 30. Mayari veste artistas nacionais e internacionais, de Katy Perry a Anitta, consolidando-se como uma das vozes mais impactantes do high fashion brasileiro.

Mayara Junges – Paraná

A marca nasceu durante a pandemia com o sucesso do top Flor, transformado em ícone de sua estética atemporal e dramática. Operando sob o modelo slow fashion, produz coleções compactas e feitas sob demanda, sempre em paleta restrita (branco, vermelho e preto). Reconhecida por ELLE e Vogue Brasil, Mayara representa uma nova geração de criadores independentes que valorizam a exclusividade e o processo artesanal.

Realização

Uma realização da Abit por meio do Programa Texbrasil e da ApexBrasil, com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e do Governo Federal. Liderança criativa: Bruno Simões e Olivia Merquior.