Circuito Abit/Texbrasil leva informações sobre exportação à Nova Friburgo

22/03/2015

Considerada o maior polo de moda íntima do Brasil, a cidade de Nova Friburgo (RJ), é responsável por 31 mil empregos diretos e 640 empresas da indústria têxtil e de confecção e recebeu o Circuito Abit/Texbrasil – Competitividade e Internacionalização no dia 16 de março. O objetivo do evento itinerante é se aproximar de empresários na região, mostrar um panorama amplo do setor, além de demonstrar a importância da comercialização fora do País.

Realizado por meio do por meio do Texbrasil, o Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, desenvolvido pela Abit em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o Circuito contou com a palestra do consultor econômico da Abit, Haroldo Silva, que apontou para as ações realizadas pela Entidade e o aspecto atual da indústria da moda. “Apesar de um cenário adverso e com diversos fatores que impactam a competitividade, algumas questões devem ser levadas em consideração, como a alta do dólar que pode ajudar nas exportações. Além disso, com o câmbio maior, geralmente, as pessoas passam a consumir mais produtos nacionais. Pode ser uma oportunidade para os empresários”, destacou.

Ainda em seu painel, o economista ressaltou a importância da adoção do RTCC – Regime Tributário Competitivo para a Confecção. “Trata-se de uma tributação simplificada que favorece toda a cadeia produtiva da moda e ajudaria na volta do crescimento”, completa.

Com foco na inovação e aumento da competitividade por meio da internacionalização, o gerente de Relacionamento do Texbrasil, Antônio Carlos Cambaúva, explicou aos empresários quais são os quesitos básicos para participar do Programa e exportar. “Apoiamos ações estratégicas de comercialização no exterior de todos os tamanhos de empresas. Por exemplo, a marca Karin Feller é um empreendimento jovem, mas com a colaboração do Texbrasil já conseguiu 140 contatos internacionais e vende para o Japão”, assegura.

Já a responsável pelo Marketing do portal WGSN, Clarissa Araújo, levou as principais tendências das passarelas que podem ser adaptadas para o segmento de moda íntima. Entre as informações apresentadas, a palestrante ressaltou a volta de alguns itens do passado que voltam reformulados. “O robe aparece repaginado em tricô com mangas arredondadas e as lingeries em cetim surgem novamente com ar mais sofisticado. É algo que tem mostrado muita força”, disse.

Os empresários ainda contaram com a apresentação da especialista em Comércio Exterior da FIRJAN, Marina Coimbra, que elucidou os trabalhos da Federação em relação ao apoio à internacionalização e as missões e iniciativas em prol da comercialização em outros países. A importância de uma logística eficiente na colaboração da competitividade foi tema da fala do diretor da DGB, Douglas Duran.

Alberto Miranda, diretor da Despi, é um dos empresários que compareceram ao Circuito para entender melhor quais são as ações da Entidade em prol do setor. A empresa já recebeu apoio do Texbrasil em iniciativas fora do Brasil. “Temos uma fábrica em Petrópolis (RJ), viemos apreciar a Abit e conhecer mais profundamente o que tem sido feito. Já somos parceiros antigos e participamos de feiras internacionais com todo o suporte do Programa de Internacionalização”, afirma.

Com sede em Nova Friburgo, a Tardene Lingerie da empresária Rita Tardin passa por uma reformulação em sua estratégia de mercado. “Eu costumo dizer que vendo sonhos, mas com as condições atuais do setor me vi obrigada a rever meus conceitos e mudar alguns detalhes para não perder força com a marca”, constata. Ela ainda completa: “é importante estar aqui no evento e entender a postura da Abit e novos rumos nacionais e globais. Porque muitas vezes, pode existir uma saída que desconhecemos”.

O evento contou com o apoio do Senai Moda Design, Firjan, Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo e Região (Sindivest) e do Conselho da Moda.

abit, Circuito Texbrasil