Compras: o consumo do viajante chinês
Diante da crescente participação chinesa no mercado de moda e luxo, é cada vez mais urgente entender o comportamento de consumo de sua população, seja na própria China, seja nos destinos internacionais visitados por milhões de chineses anualmente.
Um artigo recente do Business of Fashion revela como o consumo nos mais diversos segmentos de mercado tem sofrido positivamente o impacto do poder de compra dos chineses. O mercado de moda é um dos exemplos mais significativos, sobretudo quando falamos sobre artigos de luxo. Hoje, aproximadamente 30% do consumo desses artigos é feito pelos chineses e, para algumas marcas, esse número é ainda maior: Burberry (40%), Ferragamo (35%), Gucci (33%) e Bottega Veneta (33%). A maior parte desse consumo é feita durante viagens, em especial na Europa, onde os preços dos produtos tende a ser, em média, 25% mais barato. O fator preço vem acompanhado também de um viés emocional da compra durante a viagem.
“Os consumidores chineses têm viajado mais, são sofisticados, educados e conectados. Eles também são jovens e querem um pouco de diversão”, diz Erwan Rambourg, autor do livro Bling Dynasty: Why the Reign of the Chinese Luxury Shoppers Has Only Begun. “Estamos em férias escolares. Viemos para Londres para fazer compras. Os designs são muito bons, gostamos dos novos lançamentos. A gente vem sempre para cá”, declarou Richard Hao, 15, adolescente de férias em Londres com orçamento de £ 3 mil para compras.
A tendência é que, ainda que o progresso da economia chinesa tenha desacelerado um pouco nos últimos semestres, os chineses mantenham seu ritmo de consumo. O país asiático é atualmente a segunda maior economia do mundo (atrás apenas dos Estados Unidos) e tem um número considerável de bilionários e milionários.
Fonte: Business of Fashion
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