Digitale cria tecido com fio reciclado de garrafas PET

20/03/2020

A têxtil Digitale, especializada em tecidos de moda praia e fitness, lançou produto alinhado com o conceito de moda sustentável. Nomeado ECO, o tecido usa fios reciclados de garrafa PET e, além de tirar resíduos do meio ambiente, gera economia de água e energia em sua fabricação.

“Estamos sempre pensando em maneiras de diminuir o impacto ambiental”, explica o diretor da empresa, Mario Schick. Foi assim que a Digitale conseguiu chegar na solução de PET, que tem números positivos para o meio ambiente. Cada quilo de fio reciclado utilizado na concepção da ECO, tira em média 60 garrafas PET do ambiente.

Além disso, a reciclagem de uma garrafa de plástico economiza o equivalente a três horas de energia de uma lâmpada de 60 watts, reduz a emissões de CO² em 65%, e diminui o consumo de água em 90%.

Processo de reciclagem das garrafas PET

Para a fabricação de um maiô, por exemplo, são utilizadas aproximadamente oito garrafas, enquanto um body de manga longa contém cerca de 11 PETs.

O processo de produção é feito a partir de garrafas plásticas que são coletadas, limpas, esmagadas, derretidas e polimerizadas, para então serem fiadas. De acordo com o executivo, a empresa já tentou fazer produtos similares em outras ocasiões, mas a qualidade não atendia os requisitos da marca, e o custo de produção ainda era elevado.

Para Mario, a crescente busca por soluções sustentáveis ajuda a baratear esse tipo de fabricação, que geralmente é mais cara. “Com o aumento da produção e da demanda, barateia o preço”, acredita.

O diretor comenta ainda que, apesar de ser um tema vigente a tempos, faz cerca de dois anos que a indústria têxtil tem tentado ser mais sustentável em processos, em todos os sentidos.

Com a nova linha da empresa, além do material em si, o cuidado com o ambiente segue em outras etapas da cadeia. O resíduo gerado vai para reciclagem e a Digitale ainda trabalha em parceria com seus fornecedores para devolver materiais como bandejas e cones, permitindo seu reuso, ao invés do descarte. “É uma tendência que veio para ficar”, conclui Mario.

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