Ecotag abre mercados e aposta na expansão internacional para 2020

04/02/2020

A Ecotag iniciou operação há menos de cinco anos e já é líder latino-americana na produção de lacres de autenticidade e segurança. A pequena tag com o nome da marca acoplada a roupas e calçados combate a falsificação, a fraude na hora da troca, e ainda agrega valor ao produto. Isso porque as peças produzidas na fábrica de Blumenau, cidade localizada no Sul do Brasil, ganham cores vivas e formatos criativos nas mãos do time responsável.

A startup industrial começou a trajetória de internacionalização no ano passado, ao perceber um grande potencial de mercado em países vizinhos ao nosso. Foi quando procurou o Texbrasil  (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira) — resultado de uma parceria entre a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos)

A estreia internacional foi no evento Colombiamoda. Logo, o CEO da empresa, Junior Souza, percebeu que havia tração no mercado colombiano para os seus lacres de autenticidade. “Em julho de 2019, criamos todo um setor de exportação na empresa, para estudar mercado, políticas etc. Foi aí que fizemos o PEIEX [consultoria em exportação oferecida pela Apex-Brasil] e entramos no Texbrasil”, explica. 

Trajetória global

Vieram as primeiras exportações, que tiveram o Peru como destino. Mas o ano de 2020 mal começou e as perspectivas de novos mercados se mostram promissoras. A Colômbia, por exemplo, já se tornou um destino dos produtos graças aos contatos firmados durante a Colombiatex de Las Américas, que aconteceu entre os dias 21 e 23 de janeiro, em Medellín. A empresa esteve presente também com o apoio do Texbrasil.

De acordo com o CEO, a Ecotag tem capacidade produtiva de 700 mil peças por dia, o que permite novos voos. “Hoje, tem muito mercado que consome o nosso produto, porém existem poucos players. Os maiores são China, Turquia e o Brasil”, explica, e completa dizendo que por aqui, sua empresa é pioneira. 

Ele detalha que o mercado colombiano não possui fabricantes similares, por isso, as confecções importam em massa da China. Conta ainda que as suas tags têm uma série de vantagens competitivas que o levaram a conquistar 3 mil clientes nos últimos 5 anos. Entre eles, estão marcas de renome, como Farm, Calvin Klein, Dudalina, Empório Armani e Colcci.

“Nossos produtos têm melhor qualidade, não estragam as roupas e possuem um prazo de entrega bem menor. Durante a Colombiatex, o estande não parava. Recebemos 1000 compradores com intenção de compra em três dias”, garante. 

Além disso, cerca de 75% de todo o processo produtivo inclui materiais reciclados. “Tudo o que gero de lixo é triturado e volta para cadeia produtiva. O que não dá para reaproveitar vai para um parceiro nosso que chama Carbobrasil, uma empresa que produz bancos e lixeiras para a gente”, finaliza. 

Sobre o Texbrasil

O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de quase 20 anos, já auxiliou cerca de 1500 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 3,6 bilhões em negócios. O Programa é realizado por meio de uma parceria entre a Abit e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

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