EMI Beachwear aposta em pijamas para alavancar vendas no inverno
A marca de moda praia carioca EMI Beachwear decidiu diversificar sua linha de produtos. No final de 2019, depois de já ter ampliado a confecção com peças de vestuário como vestidos, saias e camisas, eles decidiram apostar em outro segmento: o de moda noite. A grife começou a desenvolver pijamas em parceria com outra confecção do Rio de Janeiro: a Varal.
Criada em 2016 pela estilista Anna Luiza Vasconcellos, a EMI nasceu com o desejo de trazer mais sustentabilidade para a moda. Desde então, a empresa se estabeleceu no Brasil e, há quatro anos, exporta para países da Europa e EUA com o apoio do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira) – resultado de uma parceria entre a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Anna Luiza explica que os pijamas foram bem recebidos pelas clientes e credita o sucesso das peças ao seu diferencial: “Não é só um pijama normal, só liso, ou listrado. Vem com a mesma estampa das roupas ou dos biquínis, que são maiores, mais coloridas”, explica. A solução também se mostrou uma saída eficiente para lidar com as baixas na venda de moda praia durante o inverno.
Agora, a estilista já pretende incorporar as peças na nova coleção, inspirada no Marrocos. Anna Luiza passou uma temporada no país, cujas cores, estampas e bordados foram reproduzidos nas novas peças.
Além das cores fortes, Anna Luiza promete um aspecto mais artesanal na coleção, incluindo bordados com miçangas. Evitando seguir tendências, a estilista explica que prefere criar “de dentro para fora”, levando suas experiências e estudos para as peças.
Por conta da pandemia, a marca parou a produção, e agora faz apenas vendas on-line. Com isso, a nova coleção ainda não tem data para estrear, mas enquanto não lança a novidade, a EMI se rendeu as liquidações para estimular clientes a continuar comprando.
Pegada sustentável
Anna Luiza pinta desde os 12 anos, e agregou essa habilidade à criação das estampas da marca. Os desenhos são feitos à mão antes de serem digitalizados. Além disso, Anna queria que a empresa nascesse sustentável, por isso optou pelo uso de tecidos orgânicos, ou sintéticos biodegradáveis, que demoram menos tempo para se decompor após o descarte.
Nos últimos quatro anos, ela decidiu levar esse conceito para fora do Brasil, com a ajuda do Texbrasil. “Aconteceu organicamente. Fizemos um showroom em Paris com o Sebrae, que nos apresentou ao Texbrasil. Desde então conseguimos contatos e não paramos de exportar”, conta Anna Luiza. Hoje, além da presença nacional, a EMI Beachwear está em lojas de Paris, Portugal e Nova York.
Sobre o Texbrasil
O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de quase 20 anos, já auxiliou cerca de 1500 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 3,6 bilhões em negócios. O Programa é realizado por meio de uma parceria entre a Abit e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
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