Empresários do setor têxtil brasileiro participam de missão de inovação
Um grupo formado por empresários da indústria têxtil nacional embarca nesta semana para a Europa para uma série de visitas técnicas em importantes centros de pesquisa e inovação de Portugal e Itália. A missão internacional de benchmarking em inovação ocorre uma semana antes da ITMA e é realizada pelo Texbrasil, o Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira desenvolvido pela Abit e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em parceria com o CITEVE, o CeNTI, a Universidade do Minho e o Politécnico di Milano.
As empresas brasileiras que participam dessa missão são PH FIT, Sapeka, Digitale Têxtil, Santanense, Tekla, Audaces, Rhodia, Anfra, Moovexx, Lepper e Coteminas, além de representantes do SENAI-Blumenau. A programação tem início nesta sexta-feira (6) em Portugal, onde serão visitados os principais laboratórios de desenvolvimento tecnológico para a indústria e serão apresentadas as principais novidades em microbiologia, nanotecnologia, física e química têxtil, entre outras inovações.
Na semana seguinte, o grupo segue para a Itália e terá acesso à estrutura de desenvolvimento, produção e técnicas de gestão inovadoras de importantes empresas têxteis italianas. O ponto alto da missão será a visita à feira ITMA, considerada o principal evento internacional da cadeia têxtil e que acontece apenas de quatro em quatro anos. Nesta edição, que ocorre entre os dias 12 e 19, mais de 1,3 mil expositores de quase 50 países estão confirmados.
Ramiro Palma, presidente da Anfra, espera descobrir processos, fios e tecidos que aprimorem seus produtos. “Mais do que nunca, temos que buscar novos mercados e expandir nossas ações e conhecimentos. Quermos analisar como a marca pode se inserir no mercado mundial”, afirma. Ter acesso a novos processos e maneiras de trabalhar com inovação e sustentabilidade é um dos objetivos de Mario Schick, diretor da Digitale Têxtil. “Queremos ver como a relação entre o meio acadêmico e a empresa podem fazer com que a inovação chegue ao mercado”, diz.
Anderson Venturini, da Lepper, corrobora as expectativas de seus colegas e também espera adquirir novos conhecimentos durante a missão. “Sempre procuramos qualificar nossos profissionais, buscar novas formas de inovação e a melhor maneira de aplicá-las no dia-a-dia da empresa”, relata. Para Vasco Loureiro, CEO da Sapeka, a ITMA é uma ótima oportunidade para modernizar a produção. “É onde poderemos verificar como o mercado está se apresentando e qual nosso posicionamento em relação ao que produzimos no Brasil”, afirma. Avaliar a posição que o país ocupa é justamente um dos propósitos da missão, que também visa manter a competitividade da indústria têxtil nacional e mantê-la em dia com as inovações tanto em tecnologia como em sustentabilidade.
Para isso, o conhecimento e os maquinários adquiridos na feira são aplicados no dia a dia das empresas e chegam até o consumidor final, sempre ávido por novidades. “A importância desta viagem está no fato de poder ocupar lugar de vanguarda no processo de inovação, desenvolvimento de produtos e melhoria de processos”, detalha Geraldo Nilton, gerente na Santanense.
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