Empresas do Texbrasil ocupam lugar de destaque em ranking de multinacionais
Fitesa, Dudalina, Puket, Tavex/Santista e Vicunha Têxtil são as participantes do Texbrasil – o Programa de Internacionalização da Indústria da Moda Brasileira, desenvolvido pela Abit e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) – que garantiram boas colocações no Ranking da Fundação Dom Cabral das Multinacionais Brasileiras, responsável por acompanhar o movimento de internacionalização das empresas brasileiras há dez anos. A classificação geral de 2015 tem como tema principal a capacidade das multinacionais de se adaptar à cultura dos países onde atuam.
Ao todo, 62 companhias foram estudadas, sendo 48 multinacionais que atuam no exterior por meio de unidades próprias, e 14, por meio de franquias. As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2015 estão presentes em 100 países e em todos os continentes. Os Estados Unidos são os que mais atraem empresas, seguidos da Argentina e do México.
O setor de calçados e têxteis representa 6% das multinacionais estudadas. Em relação à área de atuação das franquias, o setor de vestuário possui 36% de participação, enquanto o de têxteis tem 7%. A Fitesa, especialista do ramo de não-tecidos, ocupa o primeiro lugar do índice de internacionalização e do índice de fucionários e o 3º em índice de ativos. A jeanswear Tavex/Santista está em 3º lugar no índice de empresas com faturamento de até R$ 1 bilhão e detém o 15º lugar no ranking de internacionalização, enquanto a Vicunha Têxtil está em 23º.
O ranking de internacionalização de franquias conta com três participantes do Programa: a Dudalina em 3º lugar, a Hering em 9º e a Puket em 11º. A Dudalina também ocupa o 3º lugar do índice de unidades franqueadas e recebe um destaque especial do relatório: “A marca ampliou seu planejamento estratégico, dando sequência ao plano de expansão com prioridade nas regiões da Europa e América Latina, onde abriu novos clientes no canal multimarca, ampliando também a rede de varejo”.
Segundo a publicação, 29,5% das empresas aumentaram seus investimentos no exterior e mantiveram sua estratégia no mercado doméstico. Uma parcela das empresas (13,6%) optou por ampliar os investimentos no mercado internacional e reduzir os do nacional. Destas, algumas preferiram aumentar as exportações e a presença em países em que já estão consolidadas, enquanto outras optaram por estratégias de expansão em economias em crescimento.
Dos mercados-alvo das empresas que desejam expandir nas Américas, destacam-se os Estados Unidos e o México, na América do Norte, a República Dominicana, Equador, Panamá, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Costa Rica e Honduras, na América Central, e Chile, Colômbia, Argentina e Paraguai, na América do Sul. Na Europa, Rússia, Hungria, República Tcheca, Luxemburgo, Moldávia e Holanda. Na África, Angola, Tanzânia e Moçambique.
Segundo a Fundação Dom Cabral, as empresas brasileiras apresentam um grau de adaptabilidade significantemente positivo, o que mostra uma habilidade em ajustar seu modelo de gestão de acordo com as características e especificidades dos países em que se encontram, maximizando os resultados de suas estratégias e desenvolvendo um bom processo de exportação.