Encontro destaca desafios e oportunidades para a moda no Brasil

04/06/2014

O jornal Estadão estreou ontem (04/06) a nova edição do Encontro PME (Pequenas e Médias Empresas), que discutiu com estilistas e empresários os rumos do mercado da moda e as oportunidades que ele reserva para quem já é ou pretende se tornar empreendedor. Para Anderson Birman, fundador da Arezzo, e Tito Bessa Jr, da TNG, a alta competitividade, os problemas estruturais e até a carga tributária não impactam no crescimento do mercado que está cada vez mais promissor, principalmente se comparado ao cenário do passado. “Eu acho que o ambiente é mais próspero hoje do que foi no passado. O mercado tem hoje muita competição, mas a competição foi saudável, é algo que faz com que as empresas se movimentem cada vez mais”, diz Lessa. Birman comentou que o assédio de investidores sobre as marcas nacionais representa um momento promissor da indústria. “O mercado olha com mais facilidade para empreendimentos que no passado não despertariam esse interesse”, afirma ele.

O encontro também contou com a presença de estilistas, que destacaram que a competitividade do mercado aumenta o nível de exigência no setor e, consequentemente, leva à necessidade de profissionais cada vez mais preparados. “O estilista tem de ter a coisa do empreendedor. A criação leva somente cinco minutos, enquanto que a execução leva horas e dias. É preciso coordenar não só o desenho, mas a confecção e a estamparia”, detalha Amir Slama.

O planejamento antes e durante a condução do negócio é um ponto que, para Sandra Kempenich, da It’s Only Rock and Roll e Henrique West da Siamese, vale a dedicação do empreendedor. “Mesmo que seja difícil se planejar, é importante. As pessoas precisam pensar nos piores e nos melhores cenários para que se consiga acertar um pouco do investimento inicial”, afirma Sandra. A ideia com isso não é apenas evitar eventuais erros de gestão, mas também contratempos de marketing e posicionamento da empresa. “Hoje, no mercado da moda, se você errar uma estampa, você derruba uma marca”, resume West.

A internet também foi destaque no encontro. De acordo com o último relatório da WebShoppers, realizado anualmente pela consultoria E-bit, 19% dos pedidos realizados online no Brasil em 2013 foram de roupas e acessórios. “Eu acho que não importa o que você vai comercializar, sempre é preciso pensar na possibilidade de ter uma loja virtual”, aconselha Eder Lima, fundador da marca Humor Chique.

Fonte: Estadão 

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