Estudo mostra quais as principais tendências do jeans no Brasil
O IEMI (Inteligência de Mercado) realizou uma pesquisa em parceria com a marca têxtil Vicunha, que faz parte do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira) — resultado de uma parceria entre a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) – para descobrir quais são os hábitos de consumo e tendências do jeans no Brasil.
As empresas fizeram um levantamento com 800 consumidores de moda de todos os perfis e regiões do Brasil, oferecendo um amplo panorama sobre essa peça tão versátil. Segundo a pesquisa, 80% das pessoas afirmam que o jeans é um item fundamental no guarda-roupa, e 87% acreditam que a peça é a mais democrática da moda.
As mulheres representam o grupo que mais consome jeans e as classes A e B representam 51% das compras. A faixa etária é mais ampla: 64% dos consumidores têm entre 25 e 44 anos.
O futuro do jeans
Ainda segundo a pesquisa, o jeans deve permanecer em alta por muito tempo, já que 99% dos entrevistados afirmam que continuarão usando o tecido. Mas, os estilos tradicionais devem ficar para trás, já que 70% das pessoas querem peças com algum diferencial ao invés do básico, que atrai os outros 20%. “Isso desafia as marcas a apresentarem algo diferente”, analisa Marcelo Villin Prado, diretor do IEMI.
Entre as mulheres, por exemplo, as próximas tendências incluem calça mom fit, shorts de cintura alta e jaquetas cropped. Entre os homens, a calça skinny, as bermudas e a jaqueta trucker são os principais desejos do momento.
Mas não são só os estilos que interessam os consumidores. Existem outros fatores que os fazem se interessar por uma peça ou marca, e muitos outros que os fazem desistir de uma compra sem olhar para trás.
A pesquisa aponta que fatores como produtos caros em relação à qualidade ofertada, emprego de trabalhadores em condições degradantes, poucas opções de modelos e cores, e empresas sem responsabilidade social são motivos para que os consumidores deixem de comprar.
Nesse sentido, a sustentabilidade se torna um pilar essencial no consumo de jeans. Mais de 50% dos entrevistados acreditam que o jeans que adquiriram na última compra é sustentável, enquanto 40% afirma pesquisar sobre a sustentabilidade da marca, produto ou embalagem.
“Alguns poucos anos atrás, a gente via de 5% a 8% dos consumidores preocupados com esta questão. As pessoas não querem mais comprar produtos de marcas que não respeitam o trabalhador ou o meio ambiente”, explica Marcelo.
Mercado aquecido
A pesquisa ainda oferece algumas sugestões para aumentar o faturamento, seguindo alguns conceitos descobertos na pesquisa. De acordo com Marcelo, a expectativa é de um crescimento da receita no varejo de jeanswear na ordem de 3,3 bilhões em 2021, e as marcas que fizerem um bom trabalho junto ao consumidor tendem a ampliar suas vendas. Veja as dicas apontadas no documento:
- Invista em canais online: o e-commerce é uma realidade e, com a pandemia, as pessoas passaram a se sentir mais à vontade para comprar na internet.
- Saiba como comunicar: 57% dos entrevistados destacam a comunicação como muito importante. Saber conversar com o público aumenta a confiança na marca
- Aumente o valor percebido: foque na diferenciação e inovação de produtos e marcas, além de maior oferta de comunicação e serviços.
- Expanda a demanda existente: aumente o market share na carteira de clientes já fidelizados.
- Gere novas demandas: conquiste novos clientes e mercados, por meio de estratégias criativas e relacionamento
Para saber mais sobre o jeans no Brasil, acesse a pesquisa no IEMI.
Sobre o Texbrasil
O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de 20 anos, já auxiliou cerca de 1600 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 9 bilhões em negócios. O Programa é realizado por meio de uma parceria entre a Abit e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
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