Empresas brasileiras investem em certificados e tecnologias para se adaptarem a critérios internacionais de produção sustentável
Exigências do consumidor por transparência na produção e responsabilidade ambiental e social nos processos levam a empresas brasileiras a investirem cada vez mais em certificados internacionais.
A Rosset, participante do Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira) — realizado por meio de parceria entre a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) —, por exemplo, acaba de divulgar a conquista do certificado OEKO-TEX STANDARD 100. Isso significa que a empresa segue critérios na escolha de insumos químicos, garantindo assim um padrão internacional de ausência de resíduos que possam causar algum à saúde do consumidor ou algum impacto ambiental.
Outra empresa que investe em peso nessa área é a Covolan. Em conversa com o site do Texbrasil, Frederico Maziero, da diretoria da empresa, contou que sua equipe vem trabalhando em um planejamento de mais de uma década nesta área e acaba de se tornar a primeira empresa brasileira do segmento a testar e aprovar o corante Indigo Bann 35 Premium Zero Anilina, que promete a remoção do produto da cadeia de suprimento de denim. A fórmula do corante reduz à quase zero a toxicidade residual da Anilina no tratamento de água na lavanderia.
A empresa começou sua jornada em busca da sustentabilidade unindo-se ao projeto STEP, que promove a produção sustentável, e agora está no programa ZDHC, uma espécie de convênio que mapeia fornecedores, empresas e marcas que prezam pela responsabilidade ambiental em todos os elos da cadeia.
De acordo com Frederico, a sustentabilidade e essa percepção de que a indústria precisa ter consciência social está no DNA da Colovan: “o Indigo Bann é um produto que vem de encontro com tudo aquilo que buscamos. E não há apenas um ganho no tratamento de afluentes, há um ganho de produção interno, pois o trabalhador não fica em contato com esses produtos, que mesmo não sendo perigosos, não são ecologicamente corretos”.
Ele acrescenta dizendo que o corante com baixíssima quantidade de anilina também agrega à qualidade do produto e à imagem da empresa.
“O ganho em competitividade no mercado externo também é real, uma vez que o consumidor está cada vez mais ligado em saber como suas roupas são feitas. Essa exigência começou na indústria de alimentos e precisamos aceitar que ela chegou à cadeia de vestuário”, relata.
Frederico finaliza ainda dizendo acreditar que a exigência do consumidor em relação à responsabilidade social não é um modismo, ela veio para ficar e para agregar aos produtos e processos da indústria.
Sobre o Texbrasil
O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de quase 20 anos, já auxiliou cerca de 1500 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 3,6 bilhões em negócios. O Programa é conduzido pela Abit em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
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