IAF Sessões Especiais: não há fronteiras que limitem conexões
Na última palestra das Sessões Especiais, Luiz Arruda,consultor sênior do Mindset do WGSN, sensibilizou a plateia após uma maratona de informações ao longo do dia. Com o tema Fora do Eixo, o impacto de países não ocidentais, Arruda mostrou que o mundo não consegue impor mais fronteiras às pessoas. Elas se conectam através das artes, da música, da religião, dentre outras formas de espaço, identidade e expressão. “ É entender o mundo por – onde estou, quem eu sou – o que faço – e mesclar todas as identidades, expressões, culturas.
A ressignificação da origem de cada um vai além da nacionalidade, sendo preciso repensar a própria definição. Conceitos e rótulos estão cada vez mais obsoletos, porque o mundo é cada vez mais fluido e eternamente mutante.
Na questão espacial: vivemos uma época em que limites são questionados e as antigas fronteiras não são suficientes para definir mais ninguém. É a multilocalidade. Um exemplo disso é a miss universo do Japão que, embora nascida e criada naquele país, é afrodescendente com mistura asiática. Da mesma forma, a cantora Corina Chamberlain, nascida em Hong Kong, se identifica com essa cultura e considera o cantonês sua língua mãe, no entanto, parece uma nórdica. É a ressignificação do conceito de nacionalidade, para multilocalidade.
Os mulçumanos serão os jovens do futuro
Em 2050, metade do crescimento populacional virá do continente africano. Lá estarão os jovens que irão influenciar a cultura mundial. E são mulçumanos.
As conexões étnicas já invadem o mundo ocidental. A diversidade está desafiando nossas ideias tradicionais de representatividade nacional, graças à globalização e às uniões multirraciais e multiculturais. Hoje, já existem pessoas que se identificam como Blackasians (afrodescendentes + asiáticos). E isso, só para dar um exemplo que o Eixo do Mundo da Moda está mudando dos tradicionais pontos cardiais USA-Europa.
abit, IAF, IAF Brasil