Ausência de vestidos pretos no Oscar reafirma o poder econômico das grifes

08/03/2018

Domingo (4) aconteceu a entrega do Oscar, em Los Angeles, o principal tapete vermelho da temporada de premiações do cinema mundial. A Expectativa, porém, era se as atrizes iriam aderir ao dress code preto do movimento “Time’s Up”, que luta contra o assédio sexual e pela igualdade de gênero em Hollywood.

A ausência do protesto visto em outras premiações, como o Globo de Puro, escancara a força das grifes de luxo.  O Oscar ainda é a principal passarela mundial das principais grifes do globo, é ali que as marcas desfilam seus vestidos mais luxuosos, criando desejo mundo afora em quem de fato vai pagar pelas peças.

Isso porque durante o evento as celebridades são vestidas como cortesia e, por vezes, ainda são pagas para usarem determinada grife. Para as marcas a visibilidade é planetária e há ainda um ganho em credibilidade.

Mas não se engane se você acha que o movimento perdeu sem repetir o dress code do Globo de Ouro. As atrizes podem ter aberto mão de fazer seu protesto bem visível nas roupas, mas elas focaram a ação no trabalho de bastidor. E, não à toa, a busca da igualdade de gênero e o fim do assédio sexual foram lembrados em vários momentos da cerimônia. Ou seja, talvez tenhamos passado da fase de estampar na roupa o protesto e estamos seguindo rumo a mudanças mais profundas.