Organização norte-americana examina a presença de PFASs em vestuário
Um estudo realizado pela Comissão de Cooperação Ambiental, uma organização trinacional criada pelo Canadá, México e EUA, examinou 137 artigos de vestuário com a presença de substâncias PFAS.
Os PFASs (Ácido perfluorooctanessulfônico, ou sulfonato de perfluorooctano, é um fluorosurfactante sintético e poluente global) são usados em uma ampla gama de produtos de consumo devido às suas propriedades resistentes ao calor, à água e ao óleo. Segundo a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos EUA, o grupo de compostos é persistente, resiste à degradação do meio ambiente e se bioacumula.
Segundo o estudo, o perigo está na grande possibilidade de que as substâncias saiam das peças e entrem em contato com a pele e saliva, além do meio ambiente em geral.
O estudo foi realizado porque, embora os dados de monitoramento ambiental estejam disponíveis, existem apenas informações limitadas sobre a presença de substâncias e tendências em produtos de consumo, incluindo itens infantis.
Tendo como alvo 31 compostos de PFAS, descobriu-se que 97 artigos, ou 68,6%, apresentaram resultados positivos para pelo menos um. Dos artigos testados, os casacos ao ar livre apresentaram o maior número de PFASs. Os compostos mais frequentemente detectados foram o ácido perfluorooctanóico, ou PFOA (45%) e PFHxA (43%).
Em 2009, o PFOS foi adicionado ao Anexo B do tratado da ONU, a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). Este anexo exige que as partes da convenção tomem medidas para restringir a produção e o uso dos produtos químicos listados.
Outros PFASs foram alvos de ação reguladora internacional e regional. PFOA e PFHxS estão sendo considerados para listagem sob a Convenção de Estocolmo. Especialistas em política estadual dos EUA previram que abordar o PFOA, PFOS e substâncias relacionadas será a maior questão emergente de regulamentação química em nível estadual neste ano.
E em dezembro de 2017, a EPA dos EUA anunciou um esforço entre agências para abordar os PFASs. No entanto, a agência não prometeu medidas regulatórias.
Fonte: Chemical Watch