Lei sobre escravidão moderna entra em vigor no Reino Unido
Com a “Modern Slavery Act” do Reino Unido entrando em vigor, marcas e varejistas estão sendo estimulados a tomar medidas ativas para garantir que a escravidão e o tráfico de seres humanos não ocorram em suas cadeias de suprimentos.
A natureza cada vez mais complexa da cadeia de suprimentos global leva a crer que a maioria das marcas e varejistas estão expostos a riscos de escravidão como resultado da venda de seus produtos, de acordo com Tim Wilson, co-fundador da empresa especialista em mapeamento de cadeias de valor, integridade de produtos e monitoramento de risco de cadeias de suprimentos Historic Futures. “A reputação das marcas corre um risco muito alto. Já que não é mais aceitável quando a marca não sabe se está sendo afetada pela escravidão moderna, ” disse Wilson.
A lei entrou em vigor no dia 1º de abril, e pede que empresas britânicas e estrangeiras que realizam negócios com o Reino Unido e têm um volume de negócios anual global de mais de USD 52 milhões publiquem uma declaração de escravidão e tráfico de seres humanos ao fim de cada exercício financeiro.
O mapeamento das cadeias, segundo Wilson, é uma ação recomendada para marcas e varejistas que querem ter um conhecimento mais profundo sobre o que acontece em suas cadeias de suprimento. A Historic Futures recentemente lançou uma nova versão de sua plataforma a fim de ajudar as empresas a conseguirem total rastreabilidade sobre seus fornecedores.
Porém, Wilson acrescenta que, isso pode ser um grande desafio para muitas marcas que possuem conhecimento limitado, e que deixam o acesso aos fornecedores distante. Conseguir reunir os dados manualmente para mapear a cadeia exige muito tempo e esforço. De acordo com um estudo recente realizado pela iniciativa Ethical Trade (ETI), cerca de 70% das empresas acredita que é provável que esteja ocorrendo algum tipo de escravidão moderna em algum ponto dentro de suas cadeias de suprimentos.
Fonte: Just Style
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