Projeções apontam recuperação na indústria têxtil e de confecção brasileira para 2021

14/01/2021

A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) anunciou os números da indústria têxtil brasileira em 2020, além das projeções de recuperação do setor para 2021. Com a pandemia, a produção foi afetada e muitas empresas passaram a produzir máscaras e outros EPIs para evitar parar no período. 

Enquanto o setor encerrou 2020 com uma estimativa de produção de 1,87 milhão de toneladas de produtos manufaturados para 2021, espera-se que esse número suba para 2,09 milhões de toneladas e 5,81 bilhões de peças. Os valores são similares aos apresentados em 2019, quando o país produziu 2,05 milhões de toneladas e 5,94 bilhões de peças. 

Outro destaque está no número de empregos, que após uma queda significativa em 2020, voltará a crescer em 2021. A expectativa é de 25 mil novos postos de trabalho, cerca de 65% do volume reduzido no último ano. 

Já no faturamento anual, estima-se R$ 55,3 milhões em manufaturados têxteis e R$ 152,1 bilhões em produtos de vestuário, o que representará, respectivamente, altas de 10,5% e 24% em relação aos valores registrados em 2020. 

“A previsão está atrelada à manutenção das atividades econômicas em relativa normalidade, em ano em que ainda será necessário se superar os efeitos da crise sanitária”, avalia Fernando Pimentel, presidente da entidade. Ele ainda pondera que, se novos fechamentos ocorrerem por conta da pandemia, esses números podem mudar. 

O presidente da associação, no entanto, ressalva que, embora os números pareçam altos, na verdade, a comparação é sobre uma base baixa. Isso porque o setor vinha buscando se recuperar desde 2010 e, em 2019 estava reconquistando um crescimento mais sólido, mas foi atropelado pela pandemia, sendo um dos que mais sofreram.

Setor atento

Mesmo com os desafios do ano, o setor têxtil e de confecção pode contribuir com a pandemia, confeccionando máscaras para venda e doação. O número do item produzido saltou de 6,5 milhões para 140 milhões em quatro meses, com cerca de 140 empresas convertendo sua produção para essa demanda. 

abit