Sol Sports: conheça a trajetória de internacionalização da empresa que está em 20 países
A Sol Sports acaba de anunciar a sua entrada no Texbrasil (Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira) — realizado por meio de parceria entre a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). A empresa iniciou sua trajetória de internacionalização em 2011 e já conquistou espaço em 20 países. A expertise da marca na produção de roupas para o ar livre e o conhecimento de exportação vêm da experiência no segmento de confecção de parapentes, com o qual trabalha por meio da Sol Paragliders há 26 anos, exportando desde 1993 e hoje com representantes em mais de 50 países.
Em entrevista com o Texbrasil, Ary Carlos Pradi, sócio fundador e atual diretor da Sol Paragliders e da Sol Sports, conta como a última alcançou seu espaço no mercado internacional e quais são seus planos com a participação no Programa.
Texbrasil: Como começou a sua jornada de empreendedorismo e de internacionalização?
Ary: Tudo teve início em 1991, quando meu hobby e paixão pelos esportes de voo virou profissão e comecei a fabricar paragliders. A motivação veio depois de uma viagem à Europa, quando soube que era isso que eu queria fazer. Já a internacionalização aconteceu quase que em paralelo: no final do ano seguinte, a Sol Paragliders já estava exportando por meio de private label para a Europa e licenciando para a América Latina. Hoje, a empresa é uma das líderes do segmento, responsável por 4% da produção mundial.
O fato de a Sol Paragliders já exportar ajudou com o sonho de internacionalizar as peças da Sol Sports?
Com certeza. Quando fundamos a Sol Sports, em 2011, já tínhamos esses contatos e a experiência em exportação: isso facilitou bastante o processo. Por anos, nosso mercado era um tanto de nicho, já que as roupas, assim como os nossos paragliders e parapentes, vendem mais em países onde não chove tanto, pois são produtos voltados para atividades ao ar livre. Esse cenário mudou quando a tendência do athleisure (moda esportiva) começou a pipocar nas passarelas. Foi nesse momento, em que roupas esportivas viraram tendência, que conseguimos ir além da venda de nicho.
Para você, quais são os diferenciais competitivos da Sol Sports no mercado global?
Sempre nos posicionamos muito bem no mercado, pois temos em nosso DNA a inovação, a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologia de ponta. Sempre fizemos sucesso em mercados que valorizam esses atributos, que é o caso do Uruguai, país para o qual exportamos muito. Utilizamos, por exemplo, a proteção UV e a priorização da poliamida para o conforto térmico. Gostamos também de estar sempre à frente e conhecemos muito bem o nosso público, que é apaixonado por esportes ao ar livre, como o ciclismo e o parapente. Desta maneira, desenvolvemos linhas completamente direcionadas.
Quais são os seus objetivos para o futuro?
Hoje, estamos à procura de expertise em promoção comercial para aumentar as nossas redes de distribuidores internacionais e orientação e apoio em ações de comunicação. Inclusive estes são um dos fatores que nos levaram ao Programa. Além disso, queremos aproveitar o conhecimento de mercado da área de inteligência do Texbrasil e alcançar nosso maior objetivo, que é aumentar nossas exportações para a Europa e os Estados Unidos.
Sobre o Texbrasil
O Programa de Internacionalização da Indústria Têxtil e de Moda Brasileira (Texbrasil) atua junto às empresas do setor têxtil e de confecção no desenvolvimento de estratégias para conquistar o mercado global. Ao longo de quase 20 anos, já auxiliou cerca de 1500 marcas a entrar na trilha da exportação, realizando USD 3,6 bilhões em negócios. O Programa é conduzido pela Abit em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).