Tecnologia e bem-estar lideram tendências de consumo para o futuro

12/03/2020

A Euromonitor Internacional, empresa global de pesquisas de mercado, divulgou as tendências de consumo para os próximos anos ao redor do mundo. Com destaque para tecnologia aliada a ações de bem-estar e sustentabilidade, a pesquisa mostra novos mercados que podem ser explorados de acordo com as preferências dos consumidores.

O documento mostra as tendências que devem se fortalecer nos próximos anos, conforme novas gerações aumentam seu poder de compra e ressignificam a maneira de consumir. Conheça todas a seguir, e veja o estudo completo clicando neste link:

  • Robôs em casa

Uma das tendências analisadas pela Euromonitor é que as pessoas estão mais abertas a Inteligência Artificial como uma forma de facilitar sua vida pessoal. Exemplos como a Alexa, assistente virtual da Amazon, devem ficar cada vez mais comum.

  • Transporte personalizado

De acordo com o consultor de cidades da Euromonitor, Fransua Vytautas Razvadauska, há um consenso de que um modelo novo e mais eficiente de mobilidade é necessário. “A disponibilidade de internet rápida e aplicativos de smartphones prepararam o terreno para diversos serviços de mobilidade, incluindo esquemas de compartilhamento de carros e patinetes para complementar o transporte público existente”, acredita o especialista.

  • Mais conteúdo de qualidade

As redes sociais ajudam a disseminar conteúdo de forma rápida, mas também colaboram com a má qualidade do que é compartilhado. De acordo com a pesquisa, os consumidores querem conteúdo rápido, porém autêntico e confiável. Com isso, o ideal é apostar em divulgação personalizada, que crie familiaridade com o cliente final.

  • Pessoal, mas nem tanto

Uma das tendências apontadas é de produtos customizados, dando ao cliente a sensação de ter algo único e original. Segundo a empresa de marketing digital Liveclicker, varejistas que investem em táticas avançadas de personalização recebem 17% mais receita em comparação às que usam métodos menos sofisticados.

Porém, esse conceito esbarra em uma nova preocupação: compartilhamento de dados. Para criar algo único para o cliente, as empresas precisam do maior número de informações possíveis sobre ele, mas as pessoas estão menos dispostas a divulgar dados pessoais nas redes. Segundo a análise, no entanto, grupos mais jovens não têm a mesma preocupação e estão dispostos a compartilhar seus dados para receber ofertas personalizadas.

  • Dentro de casa

Outro conceito que deve crescer nos próximos anos, alinhado com o uso de inteligência artificial, é de soluções que permitam às pessoas passar mais tempo em casa. Segundo os dados da Euromonitor, a porcentagem de casas em todo o mundo com acesso à internet dobrou desde 2010. Com isso, empresas e trabalhadores podem adotar os benefícios do trabalho remoto, com o auxílio de diversos produtos de softwares que possibilitam reuniões, conversas e colaboração on-line.

  • Acessibilidade

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que mais de um bilhão de pessoas em todo o planeta vivem com algum tipo de deficiência, formando o maior grupo marginalizado do mundo. Com isso, é importante desenvolver estratégias que permitam a inclusão dessas pessoas, oferecendo a elas novas formas de consumo que se adequem às suas realidades.

  • Produto raiz

Seguindo uma linha similar à de personalização, as pessoas estão cada vez mais interessadas em se conectar a suas raízes. Enquanto as experiências de consumo podem ser as mesmas ao redor do mundo, entender as raízes é uma forma de personalizar a experiência de compra. Como explica o estudo, “as marcas de nicho começam sua rota global rumo ao sucesso acentuando suas credenciais locais, colocando-as em primeiro plano nas mentes dos consumidores”.  Uma pesquisa de 2019 da Wave X Remix Culture descobriu que mais da metade dos consumidores acreditam que marcas e produtos locais são mais autênticos do que conteúdos e produtos de outros países.

  • Sustentabilidade e ar limpo

Sustentabilidade é um tema já debatido nas empresas, e toma forma de diversas maneiras. Além de pensar em desperdício e impacto ambiental em fábricas, as empresas começam a pensar em maneiras de compartilhar espaços e reutilizar, abrindo ainda novas possibilidades de negócios. Nesse mesmo aspecto, a conscientização com o ambiente e ar puro também se tornam prioridade.

De acordo com a Euromonitor, mais de 89 bilhões de toneladas de materiais foram extraídos da economia global em 2018. Entretanto, apenas 9% destes voltavam à circulação, o que significa que 91% eram descartados, segundo o Circularity Gap Report de 2019. Para o futuro, as empresas terão que criar soluções para aumentar a reutilização desses recursos.

  • Bem-estar

A saúde mental tem se tornado uma prioridade, como consequência do aumento de casos de ansiedade no mundo. De acordo com a OMS, um entre quatro adultos no mundo desenvolvido sofre de ansiedade, mas menos da metade recebe tratamento.

Com isso, experiências e serviços que ajudem as pessoas a descansar e desestressar também se tornam um nicho a ser explorado. “O consumidor moderno, preocupado com o ato de se preocupar, não baseia mais sua decisão de compra em qual produto ou ingrediente ele quer nem em quando ele quer consumi-lo, mas sim no resultado específico que receberá e como ele se sentirá com isso”, conclui a pesquisa.

#Mercado, Consumo, tendências