Universidade de moda francesa apresenta novo mapa mundial de fornecimento de vestuário

07/03/2016

Um estudo do IFM (Institut Français de La Mode) mostrou que, mesmo que a China ainda seja o maior fornecedor de vestuário para os Estados Unidos e a União Europeia, sua liderança é desafiada por outros 3 países asiáticos: Bangladesh, Vietnã e Camboja. O mapa do fornecimento encara algumas mudanças, de acordo com a prévia de pesquisa realizada pelo IFM, criado em parceria com a Première Vision Paris.

Segundo o estudo, as mudanças no mapa de fornecimento vêm: dos preços das matérias primas, pois houve um aumento no preço do algodão e declínio das fibras sintéticas derivadas de petróleo, devido à queda no preço do barril; do aumento salários dos trabalhadores chineses; e da desvalorização do euro frente ao dólar, que tem impacto em toda a cadeia produtiva.

Os países da União Europeia importaram 10,2% a mais, em 2015, e chegaram a 80,9 bilhões de euros em importações. Os Estados Unidos apresentaram aumento de 3,5% nas importações e queda de 2,9% em preço. A prévia aponta que o valor dos embarques da China para a Europa aumentou 6,9%, contudo, o volume caiu 12,2%, enquanto o valor das vendas de Bangladesh subiu 24% e 3,6% em volume; o Camboja aumentou em 32,4% as vendas e 13,4% o volume dos embarques; o Vietnã ampliou 24,3% em valor e 2,4% em volume.

Quase metade das marcas pesquisadas acredita que as exportações da China vão continuar em queda em 2016, em razão do novo trio. Os três países dispõem de fábricas e mão de obra de ótima qualidade e bem equipadas. Segundo a pesquisa do IFM, os salários mínimos mensais do Bangladesh e Camboja são respectivamente US$68 e US$ 140. No Vietnã, o valor varia de US$105 a US$156. E, na China, estão entre US$155 e US$321.

O estudo ainda prevê que a Birmânia, país que tenta entrar para o grupo dos maiores exportadores, precise de mais 5 ou 6 anos para capacitar sua mão de obra e desenvolver uma infraestrutura adequada. A Turquia também apresenta tendência de aumentar a participação nas importações dos Estados Unidos e da União Europeia, diferente de Marrocos e Tunísia, que tendem a reduzir a participação.

Provavelmente, o impacto dos aumentos de custos será repassado para itens de luxo, a fim de evitar o aumento nos preços dos produtos mais populares. Para arcar com o aumento dos custos, as empresas pretendem reduzir as margens, aprimorar o valor agregado dos produtos de luxo e reduzir a quantidade de fornecedores para obter preços mais baixos na compra de insumos.

Fonte: GBL Jeans

 

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