Vale do Silício é exemplo de ambiente inspirador para empresas inovadoras
No dia 28 de Novembro, a Faculdade Getúlio Vargas, em São Paulo, sediou o encontro “Por que o empreendedorismo flui com facilidade e inovação no Vale do Silício e não no Brasil?”, que tinha o objetivo de discutir novas práticas e construções de políticas públicas necessárias para o desenvolvimento de empresas brasileiras com foco em inovação.
Além de diversos debates, o evento contou com uma palestra do professor, pesquisador da PUC-PR e pós-doutorando na Universidade de Berkeley (Haas School of Business), Marcos Schlemm. Ele mora mora no Vale do Silício há mais de dois anos para finalizar sua pesquisa, que estuda fatores que induzem as pessoas a inovarem no Vale. Especialista e vivenciador do que está ocorrendo na região, ele cita exemplos interessantes sobre a diferença entre a realidade norte-americana e a brasileira.
“Aqui no Vale ocorrem cerca de 100 apresentações de novos projetos diariamente, das quais 4, em média, recebem investimentos privados. Temos a cultura de só falarmos em ideias e de confiar em quem tenta e erra. O Brasil só pensa regionalmente, enquanto o empreendedor tem que pensar de maneira global. Os gestores pensam que é mais fácil fazer negócio no Brasil do que fora dele, mas o ambiente e cultura de fazer negócios internacionalmente é mais favorável”, conclui.
O evento é uma iniciativa do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade) que, com seu Centro de Inovação iCities/IBQP, estabeleceu parcerias com a Universidade de Austin, no Texas e com a Escola de Negócios da Universidade de Berkeley, na Califórnia.
Segundo o IBQP, o Brasil já um país empreendedor, mas a taxa de empreendedorismo inovador é de 2%, uma das menores do mundo. Para mudar essa realidade, 45 pessoas se reuniram para debater soluções sobre como tornar as startups brasileiras atraentes no mercado global em no máximo oito anos. Através da metodologia design thinking, os grupos multidisciplinares discutiam e propunham soluções para os principais problemas levantados.
Aspectos como a formação empreendedora nas universidades, financiamento para empresas e a organização de redes de inovação foram discutidos como caminhos para obter sucesso. Entre as soluções estão as iniciativas de estabelecer políticas públicas de Estados, aceitação da cultura da tentativa e erro, a quebra de hierarquia nas corporações, expansão da cultura do empreendedorismo e o intercâmbio para regiões como a do Vale do Silício.
O Texbrasil, em parceria com o IBQP, organizará a segunda Missão de Inovação para o Vale do Silício, programada para ocorrer em fevereiro de 2015. Saiba mais em www.texbrasil.com.br/texbrasil/mail/missao_inovacao
Missão de Inovação, Vale do Silício