Vendas das reservas de algodão da China começam em maio

05/05/2016

O governo chinês anunciou o seu plano para o leilão de algodão de sua reserva no mês passado. As vendas, que começaram em 3 de maio e irão até o final de agosto, antes da colheita da safra doméstica de 2016/2017, devem impactar os estoques de importação do país, disse o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC na sigla em inglês), em um comunicado de imprensa.

Embora as vendas tenham começado em maio neste ano, o governo chinês espera que as vendas nos próximos anos tenham início já em março, quando a comercialização da atual safra geralmente começa a diminuir. O volume diário será limitado a 50.000 toneladas, o que é semelhante ao volume médio diário ofertado em 2014/2015.

As importações de algodão da China caíram, assim como as do mundo. Em 2015/2016, espera-se que as importações de algodão do mundo caiam 3%, para 7,4 milhões de toneladas e as importações da China, 40%, para 1,1 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, as importações do Vietnã e de Bangladesh continuam em crescimento com o aumento do consumo de algodão. Em 2015/2016, espera-se que as importações do Vietnã aumentem em 17%, para 1,1 milhões de toneladas e Bangladesh em 12%, para 1,1 milhões de toneladas.

Restrições às importações de algodão e às vendas das reservas do governo podem levar os estoques da China a uma queda de 7%, para 12 milhões de toneladas em 2015/2016, o que seria a primeira queda desde 2010/2011. Assumindo condições semelhantes, os estoques finais da China podem ser reduzidos em 10%, para 10,9 milhões de toneladas até o final do período de 2016/2017.

A produção mundial de algodão deverá aumentar ligeiramente, limitando a redução dos estoques mundiais no final do período de 2016/2017. A produção mundial deverá expandir em 1%, para 31,4 milhões de hectares com a queda dos preços para cultivo em 2015/2016, o que incentiva os agricultores a voltar para o algodão em 2016/2017, apesar de baixos preços.

 

Fonte: Fibre2Fashion

 

Ver todas as notícias

Algodão, China, Importações, Inteligencia Competitiva