Empoderamento feminino e o comportamento de consumo da Geração Y prometem balançar o mercado de moda íntima

O empoderamento feminino está mudando o mundo, e isso não é uma afirmação vazia de campanha para o Dia das Mulheres. Um bom termômetro para dar credibilidade para esta afirmação é o mercado de roupas íntimas.

Marcas como a Victoria’s Secret, que ainda baseiam seus produtos e suas campanhas na imagem da mulher padrão e sexualizada, têm encontrado problemas. Enquanto outras empresas partiram para novos conceitos para se posicionar no mercado, principalmente levando em consideração o empoderamento e a saúde feminina, a Victoria’s Secret mantém seu desfile anual com as Angels (um time das modelos que melhor representam o “corpo ideal”). Não à toa, em 2017 o desfile teve 5 milhões de telespectadores, contra 10 milhões em 2010.

Assim com a Victoria’s Secret, grande parte das empresas de moda íntima baseiam suas vendas em uma data muito importante nos Estados Unidos: o Valentine’s Day (o dia dos namorados), comemorado no dia 14 de fevereiro nos Estados Unidos. Os anos de pico de vendas nesta data podem estar contados, uma vez que além do empoderamento feminino, o comportamento dos millennials também está influenciando a percepção de importância do dia dos namorados.

Neste ano, o aplicativo de encontros Coffee Meets Bagel pesquisou 654 de seus usuários, principalmente millennials: 235 disseram que a data era apenas um feriado comercial; 295 planejavam pular a ocasião e 474 responderam que não sentiam pressão para comemorar. Cinco anos atrás, o app fez as mesmas perguntas, e a maioria dos entrevistados dizia que se sentia pressionada a participar da celebração.

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